Mateus 4:13
As
perspectivas da criatura humana quando estagiando nos primeiros degraus
evolutivos, muitas vezes restringe-se a saciar as necessidades primárias
derivadas dos instintos e das sensações.
Nestes estágios podemos encontrar
espíritos que embora sejam portadores de elevado conhecimento intelectual,
gravitam em torno dos interesses primitivos, permanecendo apegados aos
elementos transitórios da realidade. Descobre-se, cedo ou tarde, que tal
postura conduzirá, inevitavelmente, a abismo de dores e sofrimentos, visto que
o foco dos interesses estará sempre sujeito aos fenômenos de transição entre
vida e morte, posse e perda, escassez e fartura.
Chegará, portanto, o momento em que
se defrontará com o fenômenos da perda, da morte e da escassez e, para aqueles
que não começaram a buscar horizontes além das formas perecíveis, dor e o
sofrimento representam as fronteiras derradeiras das expectativas não
atendidas.
Contudo, tanto quanto nos estágios iniciais,
em que a Misericórdia Divina multiplica-se em recursos, possibilitando os
primeiros movimentos da vida material, chegado o instante em que o progresso
para novos patamares de crescimento no âmbito da espiritualidade nos conclama à
renovação, perceberemos o movimento da mesma Misericórdia a ofertar consolo e
esperança a todos os vitimados pelas dores derivadas das perspectivas limitadas
do materialismo.
A morte, como término da existência,
torna-se uma ilusão e as esperanças, afetos e confiança podem agora caminhar
adiante e além rumo ao infinito.
Em todos esses movimentos,
perceberemos que as portas abertas não obrigam o viajor a cruzá-las, ficando
cada qual, no exercício do livre-arbítrio que lhe compete, a decisão de
estagnar ou caminhar, cristalizar ou renovar, buscar novas perspectivas ou
continuar apegado às anteriores.
O Cristo, como legítimo
representante do Pai entre nós, é o pão que alimenta a vida, entendida não só
em sua feição de matéria aglutinada, mas, principalmente em sua dimensão de
imortalidade do espírito. Ele, contudo, não permaneceu imóvel aguardando que
aqueles que Dele necessitassem fossem forçados a buscá-lo em local fixo e
determinado. Em seu incondicional amor, buscou os caídos, os doentes, os fracos
e oprimidos levando-lhes a Boa Nova.
É notório, portanto, que o
evangelista situe os primeiros estágios de difusão da Boa Nova, com o movimento
de Jesus saindo de Nazaré, a casa do pão, para Cafarnaum, a vila do consolador,
mostrando que Ele nos buscará, em qualquer estágio em que estivermos para
ofertar o que de fato necessitamos, restando-nos a tarefa de também nos
movimentarmos em direção à renovação e ao progresso trilhando o caminho por Ele
ensinado e vivido em todos os instantes de nossa existência.
Saulo Cesar
Oi, Saulo.
ResponderExcluirContinuo a curtir demais este espaço de estudos. O de hoje é muito tocante. Eu não sabia disso de "Casa do Pão" e "Vila do Consolador"; obrigada mesmo por compartilhar!!!
Abraço fraterno,
Issana
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