“Assim, é a
respeito dele o que foi dito através do profeta Isaías: Voz que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor, tornai retas suas sendas.”
Mateus 3:3
A figura de João Batista representa
eminente personagem na edificação da Boa Nova. Ele era o enviado predito que
deveria vir primeiro com a tarefa de preparar o solo dos corações, a fim de que
a semente da árvore da vida pudesse germinar.
Uma reflexão mais profunda revela
aspectos nem sempre observados na situação em foco. Por que razão serviu-se o
Mestre de um arauto? Não seria Ele capaz de realizar sozinho a vontade do Pai
com os recursos de que dispunha? Precisaria Ele de mãos alheias para supri-Lhe
alguma limitação? O êxito da tarefa ficaria comprometido, caso o concurso de
outrem não se juntasse ao Seu?
Certamente que não podemos
considerar que faltassem condições nas mãos do Cristo para levar a tarefa a
cabo. Mas, também não podemos desconsiderar o reconhecimento dado ao precursor,
mesmo nas profecias que indicavam a sua vinda.
Possivelmente a questão poderia
ficar sem resposta adequada, se não reconhecêssemos que tudo no Evangelho
reveste-se de ensinamento precioso para nossas vidas.
A presença de João, nos tempos
iniciais da Boa Nova, revela que a cooperação e a boa disposição são fatores
primordiais, quando retratamos a execução dos desígnios do Pai. Em nenhum
momento o Cristo veio para encarcerar comportamentos ou subjugar consciências,
mas sua conduta foi sempre a do Mestre que sabe e exemplifica a lição que o
aprendiz deverá absorver por si mesmo.
Nesse sentido, somos todos Batistas
de nossa própria vida, responsáveis por preparar o caminho do amor,
endireitando a estrada de nossos interesses, para que a mensagem de vida e luz
possa chegar em nossos corações e consciências.
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