“dizendo: Arrependei-vos, pois está próximo o Reino dos Céus.”
Mateus 3:2
Encontramos
no mundo imensa multidão que almeja alcançar melhores condições, sejam
relativas ao conforto material, sejam relacionadas às conquistas da alma.
Esse
desejo, contudo, nem sempre vem acompanhado da parte que lhes cabe na
conquista.
Querem
que a vida lhes ofereça maior parcela de recursos, sem dispensar o esforço que
a vida exige para tal concessão.
Buscam
posições de destaque, mas esquecem do trabalho de aquisições intelectuais que
lhe abririam as portas do reconhecimento.
Almejam
a saúde, agindo levianamente com o patrimônio do corpo.
Reclamam
relações afetivas mais ricas, permanecendo pobres de compreensão, tolerância e
perdão.
É
fato que podemos observar situações que aparentam injusto desequilíbrio na lei
de recompensa, mas, ainda aí, os olhos humanos frequentemente falham na
avaliação, por não serem capazes de abarcar, com segurança, os mecanismos da
Justiça Divina em toda a sua amplitude de formas e de tempos.
Encontraremos,
por certo, o delinquente feliz de hoje colhendo os frutos amargos dos próprios
enganos amanhã.
Os
muros adornados poderão esconder prisões dolorosas.
O
sorriso da futilidade alargará o vazio interno.
No
capítulo das leis divinas, misericórdia não é esquecimento, e concessão não
pode ser considerada conivência. Na balança do tempo, a consciência sempre
equilibrará mérito e esforço.
No
que concerne ao Reino dos Céus dentro de nós, tais mecanismos operam em ordem similar.
Será preciso renovar propósitos, apontando-os para objetivos mais nobres e ajustar
perspectivas, a fim de melhor compreender situações e responsabilidades.
O
Reino dos Céus permanecerá sempre próximo de cada criatura, competindo a ela a tarefa
de convertê-lo definitivamente em patrimônio do coração ou distanciar-se dele pela
permanência dos atalhos da irresponsabilidade e do engano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário