“Mas, ouvindo que Arquelau reinava na Judéia, em lugar de Herodes, seu pai, teve medo de ir para lá; porém, sendo advertido em sonho, regressou para a região da Galiléia,”
Mateus 2:22
Ninguém poderá prescindir de manter-se em alerta quanto às ocorrências que lhe cercam a existência.
Um conselho amigo pode conter preciosas informações.
Uma advertência sincera trará o valor da experiência e da preocupação afetuosa.
A informação oportuna lançará luzes sobre prevenções necessárias.
Porém, aquele que somente escuta as fontes alheias e externas, desmerecendo o patrimônio das próprias vivências e olvidando que, para cada criatura, a Divina Providência reservou um conjunto específico de responsabilidades e desafios, a se desenrolarem no drama individual, poderá facilmente converter-se no temeroso compulsivo, pois que sentir-se-á inseguro na condução dos próprios passos.
Dessa forma, quem não desenvolver a capacidade de agir a partir das próprias convicções, torna-se paralítico de ideais, dependendo de mãos alheias para lhe auxiliarem a marcha progressiva.
Aquele que não exercita a reflexão e o raciocínio, poderá converter-se em instrumento menos digno em mãos inescrupulosas.
Quem mantém-se sempre à espera de luz alheia, prolongará a sua permanência nas sombras.
Se é necessário compatibilizar e cotejar informações e reflexões, conselhos e tarefas assumidas, situações existem em que, mesmo a mais aplicada razão aliada à fonte de inquestionável confiança não oferecerá respostas definitivas para as questões da alma.
Que fazer em tais circunstâncias em que, não raro, o medo emerge como adversário impetuoso?
É precisamente nestas situações que deve o homem lembrar-se de que jamais caminha só e que a Divina Providência acompanha-o em todos os momentos e situações.
Contudo, se as informações podem surgir grafadas em livros e periódicos, e se a razão pode ser encontrada no domínio do intelecto exercitado, a voz de Deus se fará ouvir no íntimo da consciência, reverberando no campo do coração.
José, em precioso exemplo de conduta, recolheu informes sobre o território à sua frente, refletiu sobre a continuidade da crueldade nas mãos do herdeiro de Herodes e, diante de situação de difícil solução, teve como muitos de nós insegurança e medo em relação ao futuro. Mas, recolhendo-se para a internalização, recebeu a orientação segura para a jornada em andamento, apontando-lhe destino diverso do inicialmente planejado.
Por isso, quem quer que se encontre diante de alguma questão importante cujo encaminhamento lhe pareça obscuro deve recolher o que lhe for possível de informações e aplicar-se com esmero na análise dos pormenores envolvidos, mas jamais deve esquecer do amparo Divino em todos os momentos de nossa vida, apontando sempre o melhor caminho para aqueles que souberem ouvi-lo no íntimo de si mesmo.
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