“Ouviu-se uma voz em Rama, pranto e muito lamento, Raquel chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque não mais existem.”
Mateus 2:18
Se te julgas imerso em preocupações e transtornos, silencia por alguns instantes a voz dos próprios interesses e escutarás o choro dos que perderam a esperança.
Se encontras a própria fé abalada pelas circunstâncias que te cercam, pára um pouco e ouvirás os lamentos de muitos que se encontram caídos no caminho.
Julgas que a vida lhe privou de algo muito querido? Lembra-te daqueles a quem a solidão converteu-se em única companheira.
Em qualquer ponto da estrada da vida em que te encontres, terás sempre adiante horizontes a serem conquistados e, na retaguarda, irmãos e irmãs necessitados de uma mão estendida, de um abraço afetuoso ou de um sorriso sincero.
Infelizmente acostumados a balburdia do cotidiano, a grande maioria dos homens torna-se incapaz de ouvir a voz dos carentes e necessitados, dos oprimidos e desesperados e muitos, que divisam as telas do sofrimento, permanecem inertes ou seguem adiante alimentando a indiferença.
Haverá em teus caminhos, sejam quais forem, uma Ramá, de onde o pranto ecoa e de onde as lágrimas vertem.
Mas, se as fibras de teu coração já se sensibilizam com o clamor dos que sofrem, volve os teus passos e caminha na direção deles, oferecendo a Deus o pouco ou o muito de que dispõe, a fim de que a Suprema Sabedoria converta a tua boa vontade e o teu sentimento em celeiro de bênçãos, de consolo e amparo, e santifique a tua doação no altar da caridade legítima.
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