Mateus
3:9
No
mundo angariamos posses que serão utilizadas, bem ou mal, segundo a nobreza de
nossas intenções, mas inevitavelmente chegará o dia em que elas serão
restituídas ao celeiro da vida à espera de nova destinação.
Recolheremos materiais diversos no
conjunto das bênçãos da natureza e, lhes empregando inteligência e esforço,
conseguiremos erigir obras notáveis. Contudo, o tempo, inexoravelmente,
recolherá ao pó o que do pó foi retirado.
Títulos representativos da conquista
de postos nobres nas hierarquias humanas revestem aqueles que os possuem da
respeitabilidade nas carreiras transitórias. Entretanto, as sucessões de anos e
séculos os converterão em adornos da memória para as gerações futuras.
Todas essas transformações,
conquistas e posses são realizadas dentro das possibilidades que a Divina
Providência confere aos seus filhos, a fim de que estes caminhem mais rápido em
direção ao Pai.
Quando homens e mulheres empregam de
maneira diligente e sábia os recursos que passam por suas mãos, serão agentes
do progresso na Terra, mas também serão representantes da vontade de Deus que
almeja o melhor para todos os seus filhos.
Ao contrário, quando os interesses e
as ações circunscrevem-se somente aos domínios do orgulho e do egoísmo, por
mais que os tributos da sociedade se prodigalizem no enaltecimento desta ou
daquela figura, ela será simplesmente filha da carne, sem maiores vinculações
com a sua verdadeira natureza de ser imortal criado à semelhança do Altíssimo.
Assim, podemos reconhecer a lei de
que da matéria procedem as realizações materiais, mas é somente do espírito que
se afiniza com as leis eternas que procederão as realizações nobres da alma.
João
Batista alertou aos seus contemporâneos e suas palavras reverberam até nossos
dias, que tudo o que tocamos com os sentidos materiais é material de
aprendizado, mas que a nossa verdadeira herança é a de fazermos despertar a
vontade do Pai em nossos corações, progredindo, crescendo e observando suas
leis de amor e justiça.
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