Aguardar

“Mas não a conheceu até ela dar à luz um filho, a quem chamou pelo nome de Jesus.”

Mateus 1:25

            Na experiência humana há sempre o momento de esperar e de agir. Existe a estação da semeadura para o plantio e a da colheita para o recolhimento do fruto maduro. Entre a junção do cimento com os tijolos deve haver o tempo necessário para que a argamassa se solidifique. O professor ensina hoje para averiguar o aprendizado amanhã.

            Tudo na vida se encadeia em ciclos que se alternam, a fim de que em cada fase se realizem as etapas adequadas ao fim que se pretenda atingir e qualquer um que invertesse ou não respeitasse o momento correto, correria o risco de ver comprometido o sucesso esperado.

            O agricultor que semeasse no inverno, ou não oferecesse o tempo necessário para que a semente germinasse e seus frutos estivessem prontos para serem colhidos, veria a plantação definhar ou recolheria resultados imaturos.

            O construtor que edificasse andar por andar, sem que a argamassa tivesse condições de sustentar o próximo nível, contemplaria o edifício ruir sobre bases frágeis.

            O professor que exigisse a lição aprendida sem conceder o essencial período de reflexão e assimilação teria o desestímulo como resposta.

            Assim também o nosso Pai nos dá o exemplo de aguardar-nos decidir pela nossa própria felicidade, enquanto tateamos pelas sombras das experiências.

            Infelizmente o que percebemos quando contemplamos a conduta humana é um quadro bastante diverso. Aqui encontramos irmãos reclamando frutos onde a plantação apenas recebeu as primeiras sementes, acolá percebemos promessas de grandes obras destruídas pelo peso prematuro colocado sobre os primeiros andares, mais adiante encontramos frustração e desestímulo onde o amor deveria compreender, ensinar e esperar.

            Lembra sempre que, se o Criador lhe concedeu a grande honra de participar da vida que constrói e edifica, deves aprender a reconhecer o momento de aguardar as mãos do tempo prepararem e amadurecerem o solo dos corações e o campo das obras, a fim de que, surgindo o instante correto, possas agir sem prejuízos a ti e ao próximo.