Mateus 3:15
O
mundo é muitas vezes palco de curiosa assimetria entre posição e atitude.
Notórios
peritos, instados à posição de destaque pela habilidade na interpretação das
leis que regem a coletividade, convertem-se, às vezes, em garimpeiros a serviço
de interesses individuais.
Representantes
dos anseios dessa ou daquela parcela da população tornam-se mesquinhos
defensores de interesses particulares e egoístas.
Sacerdotes,
empossados no papel de revelar a verdade para que as consciências se libertem,
transformam-se em carcereiros das idéias alheias, acorrentando vasto numero de
adeptos aos grilhões do dogmatismo e do sectarismo.
Fiscais
que deveriam zelar pelo cumprimento da lei de igualdade aproveitam a autoridade
para constituírem regimes de exceções a benefício próprio.
Todos
os que assim procedem atribuem conscientes ou inconscientemente a outrem o que
a eles compete realizar.
E
encontraremos na escola do dia-a-dia iguais motivações a levarem ao desrespeito
do sinal que organiza o trânsito; a conversão da via pública em depósito do
lixo privado; ao furtar-se na observância do direito alheio nas organizações de
filas.
O
exemplo do Cristo no encontro com João, contudo, não deixa dúvidas quanto a
qual seja a postura correta. Ali estavam, frente a frente, o Messias e Seu
arauto, que poderiam arrogar para si elementos justos de distinção, porém,
Jesus foi claro ao observar: “a nós convém o cumprimento de toda a justiça.”
Portanto,
nos afazeres da vida, sejam públicos ou privados, grandiosos ou humildes,
lembra que, se a ação lhe compete, também lhe convém cumprir o que é certo e
justo, a fim de permanecerdes de posse do passaporte da consciência tranquila a
lhe facultar a permanência no reino da paz.
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