“Jesus lhe disse: Novamente, está
escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus”
Mateus
4:7
Na busca de
progresso e evolução, muitas são as estradas escolhidas por indivíduos e
coletividades. Esses caminhos se multiplicam ao infinito e cada qual,
valendo-se dos recursos e possibilidades de que se acha detentor, fará a opção
por esse ou aquele, dentro do leque de alternativas que a vida lhe apresenta, sempre
encontrando aí um conjunto de oportunidades de crescimento.
Contudo, é
importante lembrar que se existem diversidades de estradas, diversas também são
as lições que cada uma oferece ao nosso íntimo. Acostumado à balança dos
valores transitórios e externos, o ser humano frequentemente só consegue
enxergar avanços e melhorias onde os seus olhos percebem o atendimento de seus
interesses limitados. Onde estes não são satisfeitos, considera-se como sendo o
caminho inadequadamente traçado ou a falta da proteção de Deus.
Por essa
razão, encontramos os que ontem louvavam ao céu enquanto favorecidos pela fortuna
e que hoje praguejam, contra o alto, inconformados diante de privações que lhes
assolam o cotidiano.
Há os que
exaltavam a beleza da vida refletida na saúde que detinham e que agora aprisionam-se
na cela do negativismo ante as limitações do corpo em processo de reajustamento.
Percebemos os
que louvavam a felicidade, enquanto cercados pelo afeto correspondido e, mais
tarde, diante do direito de liberdade requisitado pelo outro, arrojam-se em abismos
profundos de depressão e angústia.
Diante de tais
ocorrências é natural que a mente, dando os primeiros passos na direção da
compreensão das Leis Divinas, se questione sobre se o amparo do Pai não lhe
teria faltado. Seria, entretanto, justo indagar também se as dores do
momento não são o resultado de escolhas feitas ou de ações negligenciadas.
Reconhecendo que
a Divina Providência é a manifestação do amor infinito, mas não leviano,
devemos perceber que nunca faltarão as mãos de socorro a sustentar a criatura
em queda que deseje sinceramente a elevação. Mas, para aqueles que se lançam
conscientemente nas estradas pedregosas dos equívocos, estas mesmas mãos
poderão esperar que a lição da dor compareça favorecendo as aquisições de valores mais justos
no que concerne à nossa parte de esforço em favor de nós mesmos, sem tentar
o Senhor.
Saulo Cesar
Sabe como eu interpreto este trecho "não tentarás o teu Deus"? É assim: se sou filha de Deus e, portanto, "sou deus" ("vós sois deuses"), preciso fazer escolhas corretas, que têm a ver com um profundo reconhecimento dessa minha origem divina e com um autêntico compromisso com o Amor.
ResponderExcluirQuer dizer, eu interpreto assim, mas isso não significa que eu VIVA assim... ainda estou longe... mas é pra lá que a gente deve ajustar as velas, né?
Abraço fraterno,
Issana
P.S.: estou amando o blog; acho que é material para um livro, inclusive! Quantas pessoas não poderiam aprender com sua sabedoria?? Nossa... que riqueza!
Issana,
ExcluirObrigado pela contribuição. Acredito que estamos todos aprendendo e que atuando juntos chegaremos a compreender melhor esse grande tesouro que é o Novo Testamento.
Como você disse, a vida é a forma pela qual Deus nos ensina a sermos verdadeiros filhos de Dele. Caminhar, portanto, é atender a esse chamado, ainda que tropecemos aqui ou ali.
Continue postando seus comentários, pois o objetivo deste blog é exatamente esse, compartilhar visões sobre o Evangelho, que sejam relativas às nossas vidas e sentimentos.
Um grande abraço.
Saulo