Mateus 4:9
Curiosa a postura de muitos quando
faceiam circunstâncias onde as benesses do mundo lhes acenam com acesso fácil.
Acreditam que o comprometimento
equivocado do presente pode ser recompensado com um amanhã de ventura e
tranquilidade, esquecidos de que a Lei que rege todas as coisas estabelece que
uma semeadura de sarças não se converterá em plantação de flores, tanto quanto
não se colherão frutos onde o trabalho não concorreu para oferecer os elementos
necessários ao desenvolvimento da planta
nascente.
O tempo não empregado agora a
serviço do zelo e do cuidado, será requisitado, mais tarde, pelo esforço
reparador.
Horas desperdiçadas longe do estudo
e da reflexão, serão lamentadas diante de oportunidades perdidas.
Desrespeito de si mesmo, esquecendo
os deveres do auto amor, na seleção do que possa ser melhor para cada um de
nós, resultará no acesso de elementos deletérios ao nosso mundo íntimo,
causando transtornos e desequilíbrios.
O Evangelho
nesse sentido traz particular alerta. A construção da proposta, feita pelo
adversário, nas circunstâncias simbólicas registradas pelo evangelista, aponta
para esse erro frequentemente ignorado. Pede ele que se curve agora, a fim de
obter tudo depois, invertendo as prioridades entre o ser eterno e o ter passageiro.
A criatura humana possui no presente
o único campo de ação acessível às suas realizações com vistas ao porvir, uma
vez que tanto o passado, como o futuro, não lhe são acessíveis, senão através
do agora reparador ou construtor.
Se almejamos conquistas duradouras
para nosso amanhã, recordemos que não devemos nos curvar diante das imposições
dos adversários do amor e da justiça ou valorizar em demasia os elementos
transitórios que nos cercam sob pena de, tendo ganhado o mundo, perdermos a nós
mesmos.
Saulo Cesar
Nenhum comentário:
Postar um comentário